18 novembro 2014

Sementes de Poesia ed. 81 novembro 2014





O Museu Nacional da Poesia convida para a edição 81 do Sementes de Poesia na Praça dos Fundadores, Parque Municipal/BH
Lançamento do livro Sendas no silêncio de Ângela Vieira Campos. 
Muita luz e poesia no Parque Municipal na manhã do dia 23 de novembro de 2014. Das 10 às 12 horas a poeta estará presente autografando seu livro.
Excelente ideia para presentear no Natal!
Uma oportunidade também de ler poemas e ouvir a poeta ao vivo.
Imperdível!




Sementes de Poesia - ed.especial - Ângela Vieira Campos - novembro 2014




Ângela Vieira Campos





Ângela Vieira Campos

Sementes de Poesia - ed.especial - Ângela Vieira Campos - 8/novembro/2014, 18h
Lançamento do livro SENDAS NO SILÊNCIO de Ângela Vieira Campos, participação da flautista Aline Parreiras e microfone aberto ao público para leitura de poemas da autora.
Centro de Cultura Belo Horizonte - Centro de Referência da Moda
Curadoria de Regina Mello



Travessias: entre o sopro e a claridade

                                                                                   Olga Valeska Soares Coelho


“Pegadas vazias vão a lugar nenhum”, afirma o monge vietnamita,
Thich Nhât Hanh. E o que buscam esses poemas que atravessam
espaços dilatados em sendas esculpidas pela cegueira e pela
errância? “Saber de cor o silêncio/e profaná-lo, dissolvê-lo/em
palavras”, parece nos responder a epígrafe de Orides Fontela.
Mas o que dizer se as palavras se calam em versos que tateiam a
insuficiência dos sentidos dos corpos e das linguagens?

Recuso idiomas,
desobedeço dialetos.
Não pressinto a voz dos anjos,
a dos deuses, desconheço,
tenho apreço por silêncios:
o verbo míngua.

“Sendas no Silêncio” registra um percurso de travessia entre duas
cegueiras que ironicamente parecem evocar o espaço aberto de
distâncias e inquietações. O livro se divide em quatro partes:
Cegueira; Corpo do Fogo; Telas; Corpo do Barro. A primeira parte
do livro reúne dez poemas que dão início a essa jornada insólita
de assombros:

Deslizes deslizes deslizes
nesse passo assombrado
entre o solo e o nada
como se pisasse filigranas minúsculas
do livro invisível que nunca cessa
silêncio

E o sujeito poético segue, teimoso, uma senda de deslizes e
desvios. Cada parte do livro evoca experiências e sensações que
afetam um corpo que transmuta do fogo ao barro sem se deixar
fixar em nenhuma forma definitiva. É bastante significativo
que, no segundo poema do livro, a palavra “assombro” se veja
matizada por uma imagem de “sombra” (Insubordinada Sombra)
marcando o (des) lugar de um sujeito poético que ousa buscar
caminhos além dos lugares seguros e das verdades constituídas:
“Volto a poetizar o oculto/O rosto recebe palavras/Desvio-me,
não as escuto”.
O livro é introduzido por duas dedicatórias: “Para Heleno,
essa claridade. Para José Vieira, esse sopro”. Sopro e claridade
definem bem o que o leitor vislumbra no percurso de leitura
de “Sendas no Silêncio”. Nessa obra, o sujeito lírico canta um
percurso de criação poética e parece convidar o “outro” a
acompanhá-lo nesse canto sincopado que abre e fecha o ciclo de
uma intensidade sem tempo:

Música como tessitura:
aguardo um sopro místico,
um desalento –
o nada me subtrai.

Ora, cantar é gerar um sopro sonoro que atravessa o corpo
daquele que canta, afetando outros corpos em uma travessia de
ressonâncias potencialmente infinitas. Nesse trajeto, a voz poética
não se faz apenas passageira de uma viagem, nem viajante: ela
é peregrina. O passageiro visa a um ponto de chegada e faz o
presente perder a espessura. O viajante se deixa magnetizar pelo
encantamento do caminho e se esquece de si mesmo adiando,
sempre, o lugar da chegada. Já um peregrino está em estado de
vigília e fixa o seu olhar no pé que toca o caminho e no caminho
mesmo, sem deixar, no entanto, de se saber também passageiro
e viajante.
“Sendas no Silêncio” sustenta um sopro peregrino que tem
como ponto de partida um corpo amoroso que se abre para
um espaço além do si mesmo: “Tantos versos me sulcam/longe
de ancoradouros.” O canto é, então, um sopro que se deixa
atravessar pelo “outro”, numa perda de si que sugere a imagem
de um beijo:

primeiro a boca
que respira
depois as asas
a tocarem minhas fímbrias secretas
e então o sopro dessa boca sobre a minha
alma

Como afirma Jean-Yves Leloup1: “beijo em hebraico se diz
nashak, e quer dizer respirar juntos, compartilhar o mesmo sopro
e o mesmo odor. Assim, beijar é compartilhar o mesmo sopro”.
Como em o “Cântico dos Cânticos”, o livro de Ângela Vieira
deixa entrever uma pergunta: O que é “bem amar? E a canção
peregrina não oferece qualquer resposta, mas atravessa
espaços desérticos, explicitando uma poética orquestrada por
experiências físicas (?) de um agora pleno de claridades:

O amor traça ranhuras em nossos papéis.
Papiro sem data, o amor
Desfolha os palimpsestos da pele,
Perscruta o mar dos escolhos.
Amor: um fechar de olhos!
O amor só é amor pela claridade.

Também como os “Cânticos”, os poemas parecem aconselhar:
“Escute os sinais, observe as pegadas”. No texto de Vieira, os
corpos são sinais e o ritmo mesmo de uma vitalidade: uma força
capaz de suportar a imensidão circunscrita em imagens que
parecem recusar seus próprios limites.

A lucidez das plêiades
em obscuros cantos de sereias
avisam-me da noite maior,
forjada por vozes de poetas,
em cantos de maldoror.

Na verdade, o que se escuta é o ritmo do mundo que, na
violência de um presente impregnado de presenças, fragmenta
e desmembra os corpos que o povoam. E o gesto de escrever
confunde-se com uma busca pelo divino, na experiência de um
corpo demasiadamente humano, como podemos observar no
poema “Orfeu”:

Seus jardins secretos
Eram assim povoações
De outros corpos
Que lhe atingiam os órgãos
E os desmembravam
Um a um,

No mito, Orfeu encanta o mundo com sua música dionisíaca. Ele
vence os perigos de Hades, mas não vence a própria morte nas mãos
de bacantes. Em “Sendas no Silêncio”, a música de Orfeu entorpece a
dor existencial causada pela experiência da vitalidade bruta. A dor, a
morte e a sede confundem-se em uma entrega (impossível) ao “fora
do eu” que não se personifica em um rosto humano:

Estava tão dilacerado
e não percebeu
tanta era a música sentida
tanta era a sede
bebida
nas taças das bacantes
fora do eu.

O corpo que caminha... o sopro que recita, ressoa além dos limites
desses mesmos corpos que evoca, além da pele. Ele se fragmenta
para um encontro com a claridade absoluta no espaço de um fazer
poético pleno de assombros:

que a nudez se sature das tempestades
de areia
que os olhos se transbordem de ventos
que a pele assovie aos sons de seus arrepios
e o sexo distenda a corda sobre o abismo

A escrita risca o papel em “rastros rápidos”, redesenhando
o mundo e o corpo do peregrino que se deixa transmutar em
passagens que carregam bagagens múltiplas de vidas e de
memórias. Na verdade, os poemas constituem vozes que se
dissolvem em outras vozes, embaralhando os caminhos e
tateando experiências localizadas em corpos que sofrem, amam
e repousam:

Quantos silêncios são necessários
até que os corpos dancem suas perdas
suas paradas, suas doenças?

E o corpo que caminha em “Sendas no Silêncio” atravessa
os poros do mundo, em um percurso que toca “outras vozes”
inscritas na tradição poética ocidental e oriental. Assim, os pés
do caminhante cruzam e encontram trilhas demarcadas por
outros pés em um mise-en-abyme que reduplica infinitamente o
gesto da leitura/escrita/rasura.

porque das mãos viscosas ascendem letras
que me apagam
e da aragem retorna o resto, o riso,
sacro rito de um corpo incendiado

Nesse sentido, cantar é alinhavar ritmos, doar a força que
impulsiona os corpos em seu caminho. O sopro é, assim, a
doação da vida, mas é também o encontro de si em estado de
otredad. O canto é o sopro do corpo que anima a si mesmo e ao
outro, levando-os a uma busca que é também retorno:

Tantos versos me sulcam
longe de ancoradouros.
E quanto a eu ser outro
talvez mar, talvez sopro.

A voz que canta viaja num devir metamórfico que atravessa,
como o vento, os espaços visitados por outros sopros. Como
em uma dança, essa voz faz o som desse “magma” rodopiar
transmutando-o também em vento e vazio. Assim, o sujeito
poético em “Sendas no Silêncio” é sempre o estrangeiro, o
amante e o peregrino. E o seu caminhar é a intercessão das
temporalidades de uma experiência amorosa que tem sua
verdade provada no encontro improvável do vazio, da claridade
e do silêncio.

Espasmo entre cactos e pradarias
um súbito amanhecer
nas brenhas.
Desfez-se em desrazão
inclinando o rosto
como se divisasse os horizontes
e seus silêncios.

1LELOUP, Jean-Yves. Uma arte de amar para os nossos tempos. Petrópolis: Vozes,
2004. p. 43.

18 outubro 2014

Sementes de Poesia ed. 80 outubro 2014


Sementes de Poesia ed. 80 outubro 2014

direção e curadoria Regina Mello



19 setembro 2014

8a. PRIMAVERA DOS MUSEUS - Museus criativos




8a. PRIMAVERA DOS MUSEUS - MUSEUS CRIATIVOS

Munap e AML promovem várias atrações culturais e lançamento de livro 

Dez violinos marinhos e uma guitarra de sal, livro da poeta Sandra Fonseca, é um dos grandes destaques da programação cultural do Museu Nacional da Poesia

Acompanhando a primavera de gala que promete mais uma vez florir o mês de setembro, o Museu Nacional da Poesia (MUNAP) promove uma agenda cultural e poética diversificada. No próximo dia 21, de 10h às 12h, no Parque Municipal (Praça dos Fundadores), o sarau “Sementes de Poesia” se apresenta em mais uma edição festiva. Microfone aberto, mesa de livros e espaço para criação estarão disponíveis para o público poetizar à vontade. O presente evento conta com a curadoria de Regina Mello. Um dos momentos mais aguardados do sarau fica por conta do pré-lançamento do livro de poesia “Dez violinos marinhos e uma guitarra de sal”, de Sandra Fonseca. Ainda no dia 21/09, acontecerá a abertura da exposição “Fluidas”, de Clecimar Andrade, que ficará em cena na Galeria da Árvore, até o dia 18/10. Ainda na agenda movimentada de eventos, o MUNAP em parceria com a Academia Mineira de Letras, homenageará o poeta e crítico mexicano Octavio Paz, com apresentações de Olga Valeska, Regina Mello, Angela Vieira Campos e Sandra Fonseca. A iniciativa cultural em questão está marcada para o próximo dia 25, entre 19h e 21h, na Academia Mineira de Letras (AML). Por sua vez, no dia 27/9, entre 10 às 13h, será a vez da oficina de fotografia “Esculpindo o olhar: novas formas de ver o mundo”, orientada por Regina Mello, as inscrições disponíveis durante os eventos que antecedem a oficina. 

Editorialmente, o MUNAP lança mais um produto com a qualidade literária de costume. Trata-se da mencionada obra poética “Dez violinos marinhos e uma guitarra de sal”, de Sandra Fonseca. Além do pré-lançamento do livro informado anteriormente, haverá um lançamento especial dedicado a ele. Será na Academia Mineira de Letras, no horário de 19:00 às 21:00. A obra conta com o trabalho editorial cuidadoso de Regina Melo, além do competente poder de síntese e de análise expressos por Fred Maia e Marcos Fabrício, na orelha e no prefácio do livro, respectivamente. 

Nascida em 1961, na cidade de Montes Claros – MG, a poeta Sandra Fonseca é psicóloga, graduada pela FUMEC, com formação acadêmica versátil, contemplando também a área de Letras, pela UFMG. O livro da escritora mineira se destaca pelo trabalho de linguagem desenvolvido com primor e esmero, trazendo à baila um riquíssimo prisma metalinguístico, cuja expressão poética se espalha na densidade territorial que abarca a condição humana e o desafio do autoconhecimento. A respeito, Fred Maia comenta com propriedade: “‘Dez violinos marinhos e uma guitarra de sal’ me atualiza em um tempo próprio da poesia e me remete a outros tempos, os da música no vento, os sons dos sentidos que nos orientam em sigilo e nos apontam os caminhos: os que nos levam a nós mesmos, onde nos fazemos sentir”. Sobre a musicalidade presente no livro, Marcos Fabrício destaca a habilidade inventiva da autora: “a poesia de Sandra Fonseca promove um concerto surpreendente de combinações instrumentais e sonoras inusitadas. ‘Dez violinos marinhos e uma guitarra de sal’ é, ao mesmo tempo, livro e partitura. Notas literárias livres ajudam a compor um fazer poético arrojado. Impressiona o despojamento da poeta ao lançar luz própria sobre os embalos e abalos presentes na vida vivida e na vida pensada”.   

Com o livro de Sandra Fonseca, o público terá a oportunidade de acompanhar a delicadeza com empenho visceral experimentados pela autora, ao promover versos inteligentes que dão corda à ousadia imaginativa. Trata-se de uma obra performática, marcada por transfigurações expressivas dinâmicas. A pluralidade do existir encontra sua balada sinfônica no versejar criativo da poeta mineira.

A SOLIDÃO E A LUA
Sandra Fonseca

A solidão é uma orquestra surda/Que a alma devaneia triste e absurda/Tangendo em mim sinfonia de ventos/Desejos sem fim, frases, pensamentos/Procuro além e a vista não alcança/E só nas letras encontro a emoção/Já não há paz, resposta, esperança/Nas flores da ilusão que o verso  lança/E na ânsia de viver eu bebo a lua/Em sua palidez quando está nua/Acolhe-me como nunca alguém o fez/Enquanto escrevo afino essa magia/Clarão de luz, em sua nostalgia/A lua risca no céu sua altivez”.

BOCA A BOCA
Sandra Fonseca

Palavra/Enquanto escorre/Suor e seiva/Deita aromas/Fagulhas, sedas/Além do nome/Compõe/Um corpo/Palavra assanha/Revira o olho/Acende a lenha/Gesto passional/Na rigidez do verso/Languidez de ventre/Frutos e fomes/Lavra o caminho/Palavra senda/Abrindo músculos/Tecendo letras/Febril/Atenta, de cor/O canto profano/Adorna a boca/No boca a boca/Palavra fala/Se estende ao corpo/E se demora/Se estende/larga/Enquanto morre/Nas omoplatas/E na garganta/Palavra arranca/Estaca fere/O corpo adentro/
A alma afora”.
                                


30 agosto 2014

Museu Nacional da Poesia na Virada Cultural de Belo Horizonte

           



    

Exposição livro aberto, poemas de Rosângela Álvares abertura na Virada Cultural 2014





SEMENTES DE POESIA na ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS












SEMENTES DE POESIA - ESPECIAL na Virada Cultural 
Dia 31, DOMINGO, às 14h na ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS,
Rua da Bahia, 1466 centro BH
Curadoria Regina Mello

12 agosto 2014

Sementes de Poesia ed. 78 agosto 2014




O MAR 

“Eu caminhando”
E vem o mar com sua onda branca
Banha a areia e quase molha meus pés

De novo, num movimento sensual, 
Chega de mansinho,
Como quem brinca de esconde-esconde,
Faz que chega, e vai embora.

Continuo a caminhada 
E ele continua a dança

O movimento de suas águas ao longe 
Mostram uma coreografia harmoniosa e feliz
É uma dança de sedução, não tenho dúvidas.

A onda chega dessa vez mais perto de mim
Como quem brinca também, corro para a areia
E ele desafiando,
Envolve todo meu corpo com suas águas salgadas,
Semelhante ao suor no ato de amor.
Sorrio e digo: “Você me pegou heim!”

Sigo caminhando
Digo o quanto o acho bonito, forte, sensual,
Grande! Isso, ele é muito grande!
Suas águas não se dividem
E embora possam lhe dar vários nomes
Em diferentes Oceanos, suas águas
Não-se-dividem!
Envolvente, cheio de histórias e mistérios,
Brilha e inspira corações apaixonados.
Ao mesmo tempo calmo, quando fitamos o horizonte
Feroz, quando se quebra bravio na areia.

“Hoje ele está calmo”.
E segue molhando os meus pés,
E brinca de pega-pega
Às vezes me prega uma peça 
E me arrasta com ele
E nesse jogo de sedução,
Ele homem e eu mulher
Vamos seguindo até que,
Me jogo em seus braços por uns instantes.

Seu embalar é envolvente
Ele continua a brincar
Brincamos juntos!
Brinco de espalhar suas águas com as mãos,
Numa vã tentativa de fazê-lo fraquejar,
“Não posso”, ele é muito forte
Forte e envolvente...
Eu estou feliz que tenha feito amor comigo
Mesmo que por instantes.

“Preciso voltar para a areia
Foi muito bom ter estado com você.
Sinto ciúmes da terra 
Que é toda envolvida por você, sempre 


(Mariza Sorriso – in Das Raízes do Coração)




02 agosto 2014

Sementes de Poesia - interior - Santo Antônio do Grama ed. 11 AGOSTO



Sementes de Poesia - Santo Antônio do Grama - ed. 11 


Com participação especial dos alunos dos 6ºs. anos da E E Mariano Gomes


Sábado, dia 2 de agosto 2014 às 18h na praça Francisco Luiz Pinto Moreira

 Curadoria Maria Zinato e Regina Mello



24 julho 2014

“Na medida dos olhos” de Helen Novais




Dia 25 de julho de 2014, às 16h, na Galeria da Árvore (espaço Museu Nacional da Poesia), Parque Municipal, Helen Novais apresenta performance e instalação Cênica Poética "Na medida dos olhos". 

Performance e instalação de Helen Novais
Curadoria de Regina Mello

Helen Novais é atriz, poeta e gestora cultural de projetos acessiveis, mineira de Belo Horizonte.

“Na medida dos olhos” traça o histórico da artista pela concepção artística e experiências com o teatro e a poesia que a levou para os caminhos da imagem da cena: A performance. 
Esta instalação escolhida como linguagem contemporânea para dizer ao público da atualidade 
que pensa e age também no plano virtual: com pensamentos e atitudes instantâneas.

O instantâneo ou o simples?
Uma palavra pode ocupar um texto inteiro. 
Um gesto pode mudar uma vida inteira. 
Um pensamento pode alterar o caminho. 
Um passo pode determinar o destino. 
Uma pessoa pode mudar a realidade de uma época. 
Um dia pode ser mais valioso que um século. 
O poder do sorriso pode secar um rio de lágrimas. 
Escolhas simples para a complexidade da vida.
A escolha da melhor palavra em ato.
Um poema: uma cena.
Um pensamento: uma vida.
A flor: o milagre do silêncio com cor.
A cor: o milagre da luz.

Que a reflexão dos versos sirvam para ocupar um espaço de tempo para aquele que elege o 
momento de leitura num ambiente que foi criado para contemplação humana.